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Eleições 2014- Vivenciando o período
Eleições 2014- Vivenciando o período

DISCURSO E PODER: A LINGUAGEM COMO FERRAMENTA DE INTERAÇÃO SOCIAL

 

1- INTRODUÇÃO

 

Em 2014 houve o tão esperado pleito eleitoral, a sociedade iria sair às ruas e por meio das urnas exercer o seu poder de cidadania. Um dos aspectos que mais se demonstrou nos vários diálogos e discussões sobre o tema era acerca dos programas de governo, ficha limpa e os problemas socais verificados nos últimos governos. Outro detalhe a acrescentar foi a polêmica em torno da corrupção que abrangeu a presidente Dilma e vários candidatos. A população, em sua maioria jovem, discutiu sobre a implicação desses candidatos em atos de corrupção e, mesmo assim, continuam se elegendo às custas da alienação de grande parte dos eleitores; desta forma, reflete-se acerca das atitudes dos candidatos para com a sociedade antes e depois de se elegeram, a realidade política brasileira e a força que a população tem ao votar. Partindo desse ponto, os alunos da 3ª fase do 3º ciclo, em consonância aos objetivos pretendidos e em mediação com o docente, propuseram um projeto em Sequência Didática (SD), tendo como tema política e sua relação ao discurso e poder: a linguagem como ferramenta de interação social. Sequência Didática, conforme Dolz(2004) é definido como um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito, cuja finalidade ajude o aluno a dominar melhor um gênero de texto. A estrutura de base de uma SD segue os seguintes procedimentos: Apresentação da situação, produção inicial, módulos e produção final.

1.Apresentação da situação – em que se expõe aos alunos um projeto de comunicação que será realizado “verdadeiramente” na produção final; apresentar um problema de comunicação bem definido, a quem será dirigido a produção, que formas assumir, quem participará e preparação dos conteúdos dos textos que serão produzidos. 

2.Produção inicial – revela-se para os alunos e professores as representações; não se põe o aluno em situação de insucesso, permite circunscrever as capacidades de que os alunos já dispõem em suas potencialidades; define-se o ponto preciso em que o professor pode intervir melhor e o caminho ainda a ser percorrido; papel central regulador da SD pode motivar tanto a sequência quanto o aluno. Define-se a ser um primeiro encontro com o gênero, primeiras aprendizagens e realização prática de uma avaliação formativa.

3.Módulos - trabalhar os problemas que aparecem na primeira produção e dar aos alunos instrumentos necessários para superá-los; encaminhamento de composição e de trabalho; encaminhamento de composição e de trabalhos sobre problemas: que dificuldades da expressão oral ou escrita abordar? Como construir um módulo para trabalhar um problema particular e como capitalizar o que é adquirido nos módulos?

4.Produção final- Investir as aprendizagens – indicar os objetivos a serem atingidos (O que aprendi? O que resta a fazer?) Servir de instrumento para regular e controlar seu próprio comportamento de produtor de textos, durante a revisão e a reescrita; permitir avaliar os progressos em uma avaliação tipo somativa.

 

Primeiramente fora apresentado o projeto de intervenção em Sequência Didática, elucidando os objetivos e metas a serem atingidos. Discorremos sobre o ano de 2014 e sua importância no cenário político brasileiro, momento em que as pessoas vão às ruas e por meio do voto escolher os representantes estaduais e federais na conjuntura nacional.

 

 Como fundamentação das estratégias de leitura que permitiram interpretar e compreender os textos escritos, partiu-se de Solé (2002) em que nos vários capítulos verificou-se o processo de leitura como a interação entre leitor e texto para satisfazer um propósito ou finalidade, demonstrado pela apresentação do projeto em SD.

 

 

 

 Nos estudos sobre as eleições e candidatos, o leitor utilizou seus conhecimentos de mundo e os conhecimentos do texto, elementos significados para a formação crítica da leitura e construção de sentidos. Pistas são essenciais para a metacognição das ideias apresentadas. Com isso os textos são rigorosamente selecionados em parceria com os discentes para que esta seja significativa. Como primeiro passo partiu-se dos conhecimentos que os discentes possuem e a partir de suas ideias ampliaram-se suas significações, com variedades tipológicas e gêneros discursivos.

 

Um conjunto de propostas para o ensino de estratégias de compreensão leitora pode ser considerado segundo BAUMANN (1985;1990) nos processos:1.Introdução. Explica-se aos alunos os objetivos daquilo que será trabalhado e a forma em que eles serão úteis para a leitura; 2.Exemplo. Exemplifica-se a estratégia a ser trabalhada mediante um texto; 3.Ensino Direto. O professor mostra, explica e escreve a habilidade em questão, dirigindo a atividade; 4.Aplicação dirigida pelo professor.  Os alunos devem por em prática a habilidade aprendida sob o controle e supervisão do professor; 5.Prática individual.  O aluno deve utilizar independentemente a habilidade com material novo.

 

Além do ensino de estratégias de compreensão da leitura, conforme Solé (2002) há, ainda, seis passos importantes para a compreensão, antes da leitura propriamente dita: ideias gerais que temos sobre a leitura, como um instrumento de aprendizagem, estratégias e técnicas; motivação para a leitura e os objetivos a serem trabalhados, tais como: ler para obter uma informação e verificar o que se aprendeu. Outro ponto importante para a leitura e produção textual é o conhecimento prévio do assunto, sendo essencial minha participação nesse processo de revisão e atualização. Para as estratégias realizarei simultaneamente diversos indicadores, como títulos, ilustrações, conhecimento sobre autor, políticos, cenário político e outros. Também formularei perguntas aos gêneros que serão analisados.

 

Nesta SD, trabalhar com multiletramentos, conforme Rojo e Moura (2013), pode ou não envolver (normalmente envolverá) o uso de novas tecnologias de comunicação e de informação , mas caracteriza-se como um trabalho que parte das culturas de referências do alunado (popular, local, de massa) e gêneros, mídias e linguagens por eles conhecidos, para buscar um enfoque crítico, pluralista, ético e democrático – que envolva agência de textos/discursos que ampliem o repertório cultural, na direção de outros letramentos.