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Eleições 2014 - apresentação e análise de dados
Eleições 2014 - apresentação e análise de dados

2- APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

 

A princípio iniciei a SD com o vídeo “Propaganda eleitoral gratuita que reflete de forma crítica as propagandas eleitorais gratuitas transmitidas aos telespectadores durante o período de eleições. O ator Marcelo Adnet interpreta um político corrupto em busca de ganhar a simpatia de seus eleitores e obter votos para se eleger. O jingle criado descaracteriza o que é mostrado pelas imagens, ou seja, enquanto a imagem mostra atitudes de respeito, simpatia, humildade entre outras do político, a letra da música cantada releva a verdadeira intenção do político apresentado, colocando como a propaganda eleitoral gratuita que só fala a verdade. Para todo o processo de análise do vídeo, algumas ponderações acerca de interpretação foram essenciais.

Conforme Solé (2002) para que haja a compreensão do texto é essencial que que se compreenda os propósitos implícitos e explícitos da leitura. Que/Por que/Para que tenho que ler?; Ative-se e aporte-se à leitura os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo em questão. Que sei sobre o conteúdo do texto?; Dirija-se a atenção ao fundamental, em detrimento do que pode parecer mais trivial.; avalie-se a consistência interna do conteúdo expressado pelo texto e sua compatibilidade com o conhecimento prévio e com o “sentido comum”. Este texto tem sentido?; Comprove-se  continuamente se a compreensão ocorre mediante a revisão e a recapitulação periódica e a autointerrogação. Qual é a ideia fundamental que extraio daqui e elabore-se e se prove inferências de diversos tipos, como interpretações, hipóteses e previsões e conclusões.

Em Solé (2002), para a construção da compreensão, há alguns passos a serem apreendidos durante e depois da leitura. Nesta SD, mediei com os discentes o que era essencial e o que poderia ser considerado como secundário, com leitura compartilhada e independente, observando a compreensão das palavras, frases e nas relações estabelecidas entre as frases e texto em seus aspectos mais globais. Para depois da leitura continuar compreendendo e aprendendo por meio dos objetivos de leitura que guiaram o leitor, entre seus conhecimentos prévios e a informação que o autor queria transmitir mediante seus escritos. Com esses dispositivos de leitura parte-se para outra etapa da SD. Após a exibição do vídeo houve o momento de discussão em que alguns pontos foram destacados:

Os procedimentos expressivos – muitos alunos consideraram que cada político tem uma maneira de falar que lhe é própria, demonstrando em seu tom de voz a autoridade, o saber, a sedução, a militância e outros aspectos significativos. Dentre esses aspectos foi discutido que uma das características dos políticos seria o “bem falar” – uma forma culta, elegante, com uma posição hierárquica e adequacional aos interlocutores. Alguns discentes ressaltaram que em determinados programas eleitorais tem-se a percepção de se constatar alguns qualificativos, como “ele fala como um burguês”, “como um manipulador”, “marca de impotência”, “marca de ignorância”, dentre outras.

Outro apontamento refere-se ao “falar forte” – com gestualidade e imponência, além de destacar o cenário político – palanque, decoração, multidão. Com uma dicção nem muito lenta, nem muito rápida e uma pronúncia muito bem articulada. Em outro aspecto foi evidenciado o falar tranquilo de alguns candidatos – com uma dicção lenta e afetuosa.

Com o auxílio de outros vídeos que caracterizavam o discurso político evidenciou-se traços em relação à expressividade dos candidatos, disponíveis em: https://www.youtube.com/results?search_query=candidatos+bizarros  Uma dela é quanto ao discurso em primeira pessoa “Eu prometo”, “Eu estou certo de que venceremos” “Eu proponho acabar com a corrupção no Brasil”, “Nós mudaremos esse país” – enunciando uma modalidade de compromisso e solidariedade perante os eleitores. Outro pronome observado é o de segundo pessoa, em considerações aos eleitores e também aos adversários políticos em contestação ou debates políticos.

Ainda em relação à discussão foi analisada o processo de interação entre os candidatos e a população em suas diversas esferas sociais, aproximação que se conecta por um abraço, um sorriso, espaço físico e geográfico. Coadunando situações e conflitos sociais.  Em comentários, alguns alunos destacaram as atuações políticas pré-eleitorais quando se vê candidatos frequentando os lares da população, frequentando velórios e festas comunitárias. Neste sentido foi analisada a estratégia política em angariar a empatia populacional.

As estratégias discursivas demonstraram que o candidato usa do convencimento para a aceitação de seu projeto político e persuadir a população sobre essa verdade. Assim houve a constatação de que o candidato deve conhecer a realidade social do espaço político predestinado, a voz do povo, o salvador da pátria – o enunciado r de um ideal social.

Outro fator percebido pelos discente foi a nuance de dramaturgia dos políticos, a veracidade do discurso e o saber fazer e ser. Os elementos figurativos representam um ator social que tenta conquistar o público com malabarismos linguísticos e persuasivos. Em destaque a consciência de que a mídia representa um forte desempenho na desenvoltura desses atores, com jingles, músicas envolventes e imagens convidativas à recepção do eleitor.

Em análise houve a significação da família como elemento sensibilizador social e integração aos valores sociais. Uma estratégia da imagem de si, construída por muitos candidatos. O pai, o amigo, o companheiro, o ativista e o guerreiro, imagens que definem várias identidades de “comprometimento aos anseios populacionais”.

Em segundo momento foi apresentado um modelo de texto em primeira pessoa e em terceira pessoa, tendo como tema “Os candidatos e o processo de eleição no Brasil.” muitos preferiram em terceira pessoa por generalizar os argumentos não só a si, mas em relação ao todo. Os textos apresentados retratavam o tema “Ficha Limpa”.

Texto 01

O projeto Ficha Limpa é uma campanha da sociedade civil brasileira com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a vida pregressa dos candidatos com o objetivo de tornar mais rígidos os critérios de quem não pode se candidatar – critérios de inelegibilidade. [...] A Lei Ficha Limpa é uma grande demanda da sociedade. Originada em uma iniciativa popular, foi sancionada como Lei Complementar nº. 135, no dia 4 de junho de 2010. (Fonte: https://www.fichalimpa.org.br/index.php)

 

Texto 02

Pouca gente sabe, mas a proposta de fazer com que os prefeitos cassados – classificados como “delinquentes do voto” – sejam obrigados a arcar com as despesas das eleições suplementares [...] surgiu em Mato Grosso. [...] A eleição suplementar acontece sempre que o pleito regular é anulado, em razão do indeferimento do registro de candidatura do eleito ou da cassação do seu mandato. Para realizar os pleitos suplementares, a Justiça Eleitoral tem uma série de gastos referentes ao pagamento de despesas com auxílio alimentação dos mesários e transporte de urnas eletrônicas, entre outros. [...] Em Mato Grosso, de 1º de junho de 2009 a agosto de 2011, o Tribunal Regional Eleitoral realizou oito eleições suplementares, totalizando gastos de R$ 127.369,37, dinheiro do contribuinte que foi utilizado por causa dos crimes eleitorais cometidos por maus políticos que não medem consequências para tentar chegar ao poder. (Fonte: https://www.diaadianews.com.br/pola-tica/noticias/34648/proposta-de-cobrar-pola-ticos-cassados-surgiuem-mt)

 

Após a leitura e análise estrutural do texto foi aberta a discussão. Neste caso, foi percebida a carência argumentativa aos conceitos políticos sociais.

 

Nos textos ainda era perceptível a falta de conhecimento na esfera política, por serem alunos de faixa etária entre 13 a 15 anos, não se evidenciou profundamente uma caracterização do discurso enquanto fator histórico e linguístico na produção escrita. Na oralidade, a discussão fora bem fundamentada com a mediação do professor. Assim evidenciou-se a fragilidade de argumentos quanto aos fatos históricos, sociológicos e geográficos de referência política. Casos mais remotos, como os dos governos militares, política do ex-presidente Collor e denúncias de corrupção em outros governos foram relegadas, por falta do domínio do assunto. Mas os fatos políticos atuais foram destacados, como a prisão dos “mensaleiros” e os casos de corrupção no governo da presidente Dilma.

Em análise textual percebi que deveria trabalhar mais com o tema e aprofundar com estudos históricos e sociais, desta forma os aspectos gramaticais ficaram em segundo plano, pois preteri o discurso e a estrutura textual para posteriormente trabalhar os elementos linguísticos. Tendência a generalizar o candidato a corrupto, votar em nulo e ausência de melhorias sociais foram pontos observados na grande maioria dos textos, além de relacionar o governo do estado, município e do país a um único ser, o executivo. Um ponto recorrente foi quanto a necessidade dos eleitores em conhecer seus candidatos e pesquisar sua vida pregressa, para que não ocorresse a desilusão de uma escolha ilógica.

No terceiro momento foi trabalhado com vídeos políticos que refletiam momentos políticos dos anos 90 e 2000, em análise pré e pós candidato. Atuações políticas e o desmascaramento do poder. Como visto no governo Collor e Lula, período de grande efervescência e mobilização social, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wDa2IM6RdFQ.  Fora trabalhado a estrutura de um texto argumentativo e relação de sentidos. Conhecimentos intertextuais e interdiscursivos. Elementos linguísticos destacados para um bom desenvolvimento textual, como a progressão, usos de pontuação, ortografia e originalidade.

Com momentos de reflexão e discussão, os conhecimentos foram se avolumando e questionamentos aflorando. Um fato veio à tona quanto aos aspectos políticos contemporâneo em detrimento à morte do candidato à presidência Eduardo Campos, em que a mídia o colocou sempre como um homem honesto e promissor, em análises dos próprios governantes e candidatos. Desta forma alguns alunos concluíram que nem todos os políticos são corruptos e que a simpatia popular cria “homem em deuses” – com o auxílio do professor a discussão aprofundou-se e houve o resgate de políticos populistas como Getúlio Vargas e o carisma do candidato eleito indiretamente, mas não em posse, por sua morte – Tancredo Neves. Assim foi ressaltado a herança política e a hegemonia de alguns candidatos em currais eleitorais. A influência familiar em hierarquizar os membros com veia política. Casos de Aécio Neves (neto de Tancredo) e Eduardo Campos (neto de Miguel Arraes). E a empatia popular em perdurar com esses candidatos.      Com a análise das charges o trabalho tornou-se mais rico por envolver um gênero semiótico de relevância crítica fundamentada em análise crítica e social. Por meio do site https://charges.uol.com.br/arquivo.php pode-se realizar um trabalho interativo e virtual cujo objetivo remete aos estudos de charges animadas sobre política do autor Maurício Ricardo. Foram discutidas as questões-guias de forma oral com os discentes de forma a reconhecer os procedimentos linguísticos e a força argumentativa do gênero.  No contexto os elementos argumentativos utilizados pelo autor para construir seu discurso foram perceptíveis em algumas análises, tais como: “Sabatinando Aécio” – em que discute-se por meio de diálogos entre tucanos do PSDB, Aécio Neves e FHC, sobre a parca influência do partido na região nordeste e o baixo índice nas pesquisas eleitorais, neste ponto analisou-se a força argumentativa do ex-presidente em influenciar seu pupilo na questão social a que a presidente Dilma é cativada pela população nordestina.

Outro ponto discutido foi a análise quanto ao candidato em já ter conhecimento sobre a região, características culturais e linguísticas presentes na imagem. Assim evidenciou-se durante a discussão a necessidade em continuar com políticas já firmadas na política e o contato entre as várias culturas brasileiras, com o intuito, conforme a charge, de angariar votos.   Outras charges foram analisadas e evidenciadas durante o percurso da aula, algumas foram confrontadas com notícias jornalísticas e revistas semanais, como a revista Veja, distinguindo a discursividade inerente à força argumentativa.

                           

 

 

A charge animada “Cotidiano - O melhor de cada lado” disponível em: https://charges.uol.com.br/2014/08/28/cotidiano-o-melhor-de-cada-lado/ propôs o estudo sobre a incoerência política da candidata Marina Silva em não se decidir aos discursos já estabelecidos entre o PT e o PSDB, além da inadequação quanto ao desconhecimento de “caixa-dois” do candidato falecido Eduardo Campos quanto ao caso do jatinho que fora destroçado na queda que o vitimou. Na discussão os educandos que outrora tiveram uma imagem positiva quanto ao ex-candidato falecido e a reputação da atual candidata em se posicionar acerca dos fatos políticos estabelecidos.

A descrença e a positividade quanto aos atos falhos dos candidatos foram postas em discussão e a avaliação de Marina Silva decaiu em vista aos argumentos perceptíveis. Outro ponto que fora evidenciado resumiu-se aos governos do PT e o Mensalão, cuja observância se deu ao fato do desconhecimento do ex-presidente Lula quanto aos atos de corrupção em seu governo, assim como na atual gestão. Em paralelo comparou-se a “não participação” da candidata Marina em desconhecer o esquema político de Eduardo Campos em relação à compra do jato. Como complementação aos estudos do gênero charge, fora proposta a análise da música “O meu país” interpretada por Zé Ramalho e desta forma ficou acordado em relacionar o tema desta canção com os textos já trabalhados na sequência e assim, refletir sobre a letra a partir do conhecimento do mundo. Pelo site https://letras.mus.br/ze-ramalho/400344/   pudemos assistir o vídeo e interpretar a letra.

O Meu País

Zé Ramalho

 

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país

Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país

Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo

 

 

 

 

 

Colocações foram postas, primeiramente quanto ao compositor Zé Ramalho e sua origem nordestina, ligando a charge estudada anteriormente. Discussão sobre o povo nordestino e os estereótipos presentes em nossa sociedade, quanto aos preceitos de mazelas sociais, analfabetismo e linguística. Condições subumanas e interesse politiqueiro foram apontados por alguns alunos, principalmente aos programas de governo. Constata-se a dura desigualdade social e o poder das minorias, que governam e monopolizam o nosso país, sem dar voz aos povos excluídos e escaneando a pobreza em diversos brasis. Mesmo tendo sido escrita há algum tempo, a canção demonstra que muitos fatos ainda se perpetuam em nossa realidade, principalmente quanto aos atos de corrupção e apagamento social. Medidas foram tomadas, como identificou o aluno “X” em mostrar que houve muitas alterações e mobilizações sociais, principalmente nos protestos de 2013 e a identidade juvenil em sua participação social. Quando se diz que “ Tô vendo tudo”, se diz que há uma maior interação identitária dos brasileiros na questão social. A análise linguística foi levantada, analisando o léxico e a semântica em construção do efeito de sentido, como vistos em “Um país que é doente e não se cura”, cuja análise se fundamentou aos estudos sobre figuras de linguagem e poesia, outro assimilados ao primeiro bimestre.

 

A música despertou uma sensibilidade e reflexão acerca do país, em que muitos alunos, de forma autônoma, questionaram o município de Juína e o esquecimento de seus
governantes em relação a alguns bairros onde impera a marginalidade e diversos outros problemas. Assim constatou-se que não só no município, mas em todo o país há essa discrepância e o conformismo populacional perante os abusos políticos e o controle dos capitalistas pela força ideológica e consumista. Neste caso, o aluno “Y” comentou que nessa eleição deveríamos votar com bastante precaução e conhecer o perfil do candidato e com sua elegibilidade saber reivindicar e cobrar por seu projeto de eleição. Na próxima aula, ficou definido o trabalho do gênero entrevista.

 

Para o gênero discursivo entrevista, utilizei o site da professora Beatriz Hoff https://aprendereagir.wordpress.com/2013/04/23/genero-textual-entrevista/ que trabalha os principais tipos de entrevistas e as partes constitutivas do gênero. Com uma linguagem simples e prática, há exercícios e exemplo de entrevistas realizados por seus alunos. Como tenho assinatura da revista Veja digital disponibilizei algumas entrevistas virtual e assim constatamos e fundamentamos os elementos linguísticos do gênero. Fora “A” e “B”, distinguindo o entrevistador e o entrevistado. Um exercício prático foi realizado em sala, em que em dupla, um dos alunos representaria outra pessoa e desta forma representaria oralmente os quesitos do entrevistador e entrevistado, conforme sua representatividade social. Muito interessante, pois alguns representaram papéis como de político, prostituta, vendedor, mendigo, assaltante, homossexual e vários outros. Analisaram e situaram o outro como parte do convívio social. Em sequência utilizei o vídeo da entrevista dos jornalistas Wiliam Bonner e Patrícia Poeta com a candidata à reeleição Dilma Roussef, feito recentemente pelo Jornal Nacional e disponível em https://www.youtube.com/watch?v=B4uGx5GUDOA cujo título do vídeo, postado por Tvsaj Fotografias e Vídeos já gerou polêmica “Corrupção, Saúde e Economia: Bonner e Patrícia Poeta metralharam Dilma em entrevista, 18.08.14”. Interessante por mostrar a fala do entrevistador em mostrar o ponto de vista da população brasileira em relação aos vários escândalos de corrupção vistos no governo da presidente e visível perante toda a sociedade, como os dos vários ministérios.

 

 A discussão após a exibição acalorou-se e muitos discentes ressentiram-se pela situação do país e da conscientização social dos eleitores em saber escolher seus representantes, já que não podem exercer esse papel. Mas confiantes na decisão dos pais e familiares em conhecer o perfil de cada candidato e saber direcionar o melhor para a nação. Alguns alunos decidiram assistir em casa, as outras entrevistas dos candidatos, até mesmo do falecido Eduardo Campos e desta forma analisar o melhor discurso. Elogiei a atitude deles e falei que não assitira  a todas, mas que também iria assistir pela internet. Um dos alunos em seu celular mostrou a paródia feita por meio de montagens da entrevista do candidato pastor Everaldo, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=PsAhjGdAiZo com o título de “Pastor Everaldo Solta um Peido em Pleno Jornal Nacional” momento de descontração e muitos risos. Como proposta final da discussão foi orientado para que os discentes na próxima aula, trouxessem em dupla uma entrevista gravada em dupla sobre o tema “Os candidatos e a política brasileira”, podendo ser entre eles ou pessoas que aceitassem disponibilizar sua imagem para visualização em sala. Após orientação dos procedimentos do gênero ficou estabelecido o prazo de uma semana para a produção e mostra desses vídeos.

 

Na semana dos dias 25 a 29 de agosto foi apresentada a proposta dos vídeos sobre o tema estabelecido. As imagens deveriam ter no máximo 5 minutos para que se pudesse assistir a todas as exibições e momentos de discussões. As discussões foram prazerosas e alguns elementos foram observados, como na gravação dos alunos “C e D” que entrevistaram um morador de rua e em sua fala disse que o presidente Lula fora o melhor presidente da república por ter dado comida para os pobres e escola para todo mundo. Em sua fala desconhece que o país é governado por sua sucessora e a força ideológica em considerar o presidente como o “salvador da pátria” e o “pai dos pobres”. Noutro vídeo os Alunos “E e F” entrevistaram o pai de um deles que mostrou bastante força argumentativa quanto aos candidatos à presidência e sua predileção a Aécio neves e rejeição aos outros candidatos. Com a discussão analisou-se o ponto de vista do pai e sua relevância em defender suas ideias e conhecimento político. Vários outros foram estudados e discutidos, alguns alunos entrevistaram seus professores, outros fizeram entrevista na feira e com outros discentes do âmbito escolar. Pudemos constatar os vários pontos de vista a respeito da política brasileira e a descrença quanto aos candidatos, assim foi claro a falta de perspectivas da maioria dos entrevistados quanto a face contemporânea da política e seus candidatos à eleição. Um deles, aluno de outra série, retratou em sua fala que a solução seria Deus enviar Jesus Cristo para governar o Brasil, pois no campo político só tinha malfeitores.

 

Ao final das discussões se propôs em divulgar os vídeos para a comunidade escolar, mas em acordo, decidiram que nem todos os entrevistados permitiram que sua imagem fosse divulgada em domínio público, exceto para apresentação do trabalho em sala. Assim não foi possível atingir a meta de divulgar os vídeos para a comunidade escolar. Na aula vindoura a SD teve o desfecho com a produção do artigo de opinião e seleção dos melhores textos, elegidos pelos pares.